domingo, 13 de janeiro de 2013

Você é bom em tomar decisões?

Um grupo de crianças brinca próximo a duas vias férreas. 
Uma das vias ainda está em uso e a outra está desativada. 
Apenas uma criança brinca na via desativada, enquanto que as outras, na via em operação. 
O trem está vindo e você está exatamente sobre aquele aparelho que pode mudar o trem de uma linha para outra. 
Você pode fazer o trem mudar seu curso para a pista desativada e salvar a vida da maioria das crianças. Entretanto, isto significa que a solitária criança que brinca na via desativada será sacrificada. 
Você deixaria o trem seguir seu caminho? 
O que você faria? 
Discuta e anote a decisão e porquê? 
.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.
A maioria das pessoas escolherão desviar o trem e sacrificar só uma criança. 
Você pode ter pensado da mesma forma, eu acho. 
Exatamente, salvar a vida da maioria das crianças à custa de uma só criança é a decisão mais racional que a maioria das pessoas tomariam, moralmente e emotivamente. Mas, você pensou que a criança que escolheu brincar na via desativada foi a única que tomou a decisão correta de brincar num lugar seguro? Não obstante, ela tem que ser sacrificada por causa de seus amigos ignorantes que escolheram brincar onde estava o perigo. 
Este tipo de dilema acontece ao nosso redor todos os dias. 
No escritório, na comunidade, na política... 
E especialmente numa sociedade democrática, a minoria freqüentemente é sacrificada pelo interesse da maioria, não importa quão tola ou ignorante a maioria seja e nem a visão de futuro e o conhecimento da minoria. Além do mais, se a via tinha sido desativada, provavelmente não era segura. 
Se você desviou o trem para a outra via, colocou em risco a vida de todos os passageiros. 
E em sua tentativa de salvar algumas crianças sacrificando apenas uma, você pode acabar sacrificando centenas de pessoas. 
Se estamos com nossas vidas cheias de fortes decisões que precisam ser tomadas, nós não podemos esquecer que decisões apressadas nem sempre levam ao lugar certo. 
Lembre-se de que o que é correto nem sempre é popular... e o que é popular nem sempre é correto. E que todo o mundo comete erros; foi por isso que inventaram a borracha e o apagador. 
De tanto ver as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra; de tanto ver crescer a injustiça; de tanto ver agigantarem-se os poderes na mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter a vergonha de ser honesto. 
(Rui Barbosa)

2 comentários:

chica disse...

Texto lindo, importante...beijos praianos,chica

Ed Soares disse...

ZZZZZZZZZZzzzzzzzzzzzzzzzzzz...

OI Tesinha, nossa que encruzilhada!!!

Duas decisões para uma mesma solução um tanto difícil.

Não sei porque, mas por um momento eu tinha pensado em sacrificar exatamente o grupo de meninos na outra vida. Tive que ler o texto duas vezes, e certamente ainda terei que reler, para talvez entender as encruzilhadas de minhas escolhas de vida.

Nem sempre é fácil fazer escolhas. E na grande maioria das vezes, somos tomados (para quem se arrepende) por um longo e pesaroso desânimo.

Este texto é mais do que reflexivo. É pesado por demais.

Quero te agradecer por mais esta luz!!!

Beijos na alma e muita paz, sempre!

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