domingo, 6 de abril de 2014

Um chá de ternura


O que faz doer a alma é viver das sobras do tempo, restos de carinho e retalhos de atenção." Marcio Kühne


É uma avó que conta que, certo dia, sua filha lhe telefonou do Pronto-Socorro. Sua neta, Robin, de apenas seis anos, tinha caído de um brinquedo, no pátio da escola, e havia ferido gravemente a boca. A avó foi buscar as irmãs de Robin na escola e passou uma tarde agitada e muito tensa, cuidando das crianças, enquanto aguardava que a filha retornasse com a menina machucada. 
Quando finalmente chegaram, as irmãs menores de Robin correram para os braços da mãe. Robin entrou silenciosa na casa e foi se sentar na grande poltrona da sala de estar. O médico havia suturado a boca da menina com oito pontos internos e seis externos. O rosto estava inchado, a fisionomia estava modificada e os fios dos cabelos compridos estavam grudados com sangue seco. A garotinha parecia frágil e desamparada. A avó se aproximou dela com o máximo cuidado. Conhecia a neta, sempre tímida e reservada. 
– "Você deseja alguma coisa, querida?", perguntou. Os olhos da menina fitaram a avó firmemente e ela respondeu: 
– "Quero um abraço". 
Quando o coração está dilacerado, quando a alma está cheia de curativos para disfarçar as lesões afetivas, gostamos e precisamos que alguém nos conforte. E você? Já abraçou alguém hoje?

2 comentários:

chica disse...

Que lindo! E um abraço pode fazer TODA a diferença num dia de alguém! bjs,chica

Unknown disse...

Oi querida?!!
Que lindo! e estou muito de acordo, as vezes precisamos só de um abraço gostoso! Sempre digo que o carinho cura tudo mas se ele não pode curar, pelo menos conforta, acalenta e nos dá a sensação de segurança.
Poxa, sabe que essa historinha me pus no lugar da mãe no dia que me ligaram do colégio dizendo que Joana tinha aberto o supercílio brincando na educação física. Fiquei louca! Saí correndo de casa com meu marido para encontra-la no pronto socorro. Nesse meio tempo fui mobilizando pessoas para me ajudar, e ainda bem que quem a levou para o hospital foi uma pessoas muito querida no colégio, calma e carinhosa. Primeira coisa que fiz quando vi minha pequena foi dar um abraço e segurar na mão dela para ajuda-la a resistir aos 9 pontos.
Mil beijos e linda semana amada!
Cris

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