quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Em paz

Não abro mão da minha paz , nem do meu bem estar com DEUS e comigo mesmo. 
Quando as coisas começam a fugir do meu controle dou uma pausa, respiro e cuido de mim , mas não me perco e nem me deixo levar pela arrogância alheia. 
Acho que pra tudo nesta vida há um limite, e a partir do momento que colocam em jogo a nossa personalidade , o nosso caráter e o nosso respeito o distanciamento é a melhor decisão a ser tomada e a mais sensata também. 
Fujo de pessoas inconstantes e me privo de corações maliciosos , porque a vida já me exige demais pra eu perder tempo e paciência com quem não se permite mudar. 
Só sei dizer que quanto mais me cuido , mais cresço e mais aprendo que lidar com sentimentos não é fácil, mas lidar com gente de coração vazio é pior ainda.... 
Portanto ,se cuidem, e quando a alma pedir descanso se esconda em um cantinho chamado seu e se refaça sempre que necessário mas não se percam..
Cecilia Sfalsin

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

PAI GRÁVIDO

“Olá, João. Ou João Gabriel. Ou Santiago, não sabemos ainda, eu e sua mãe não conseguimos nos decidir. 
Sei que eu queria brasileirar Lenon ou Dilan, mas sua mãe anda redutiva quanto a isso, diz querer protegê-lo. Mas do quê, a gente pode saber? Talvez de fazer sucesso com as menininhas do Jardim de Infância com um nome lendário desses. 
Mas não se chateie, ok? 
Nós vamos encontrar uma solução. 
Bem, eu não sei como começar isso, é estranho falar com uma barriga gorda, a última vez que fiz isso foi aos sete anos quando o tio Lino me jurou ter comido o Caco, um hamster branquinho que eu tinha. Mas isso é uma longa história. Você quer um hamster também? O pai compra. 
Pai. Que troço esquisito pra quem ainda come sucrilhos pela manhã. Mas agora está tudo bem. 
Nós não planejamos você, mas o inesperado aconteceu. 
Primeiro eu tive algumas crises peterpânicas, sumi por um tempo, cheguei a sugerir que você fosse interrompido. Aí veio o ultrassom, aquela canção do Cat Stevens num comercial sobre o verão, os livros do “Diário de Um Banana” na livraria perto daqui. Então eu decidi que precisava de você, talvez mais que você de mim. 
Acho que você pode me ensinar muitas coisas. 
Não coisas como lidar com peitos, isso eu já aprendi aos 23. 
Há montes de outras coisas que eu preciso saber, como ser menos egoísta, menos farisaísta, menos inconsequente. Ou como dar nó em gravatas, seu avô já tentou trezentas vezes, mas acho que ele não sabe direito o que está fazendo. 
Bem, acho que já deu pra sentir que ainda estou confuso quanto ao meu papel nessa peça que a vida me pregou. 
As coisas vão mudar, eu sei, mas acho que vou me sair bem. 
Dizem que, agora sim, vou conhecer o verdadeiro amor. 
E, confesso, estou curioso e trêmulo. Talvez eu desmaie no seu parto, tudo bem pra você? 
Mas é só questão de idade, pulando essa parte a gente pode sair do hospital, conhecer o mundo e passear por aí. 
Comecei uma poupança pra você. Já tem trinta reais. Sei que não é muita coisa, mas já dá um Mc Lanche Feliz. O que você acha? 
Depois, mais tarde, talvez uns vinte anos, podemos beber algumas cervejas e falar sobre garotas ou sobre o que está errado na escalação do nosso time do coração. 
O que você quer agora? Batatas fritas? Uma garupa até a praça do avião? Uma guitarra? Uma estrela do mar? 
Bem, como você pode ver, o clima é de ansiedade, alegrias e de uns tapinhas nas costas. Tenho recebido muitos abraços, parabéns e recomendações para criar juízo. Não sei que porra as pessoas estão pensando quando me mandam criar juízo. 
E também não entendo os parabéns, foi fácil e gostoso fazer você, mas isso é papo pra daqui uns quinze anos. 
Quem sabe, se der tempo, você conheça seu bisavô. Ele está com Alzheimer. Às vezes ele joga o prato inteiro de comida na parede e os adultos acham um pouco triste, mas acho que você vai até achar engraçado. 
Aliás, estou louco pra escutar seu riso. 
E também já fiz planos de cantar “Hey Jude” quando você começar a espernear no berço que ganhamos dos seus avós de Pelotas. 
Não será perfeito o tempo todo. 
Haverá dias que você vai berrar sem parar e eu vou implorar pra você começar a falar agora mesmo, e diga afinal o que é que você quer. 
Mas tudo bem, a gente faz as pazes e algumas fuzarcas. E depois você pode adormecer no meu peito assistindo “Três é Demais” no sofá, até a mamãe chegar. 
Ah, sobre a mamãe. 
Bem, acontece que não estamos mais juntos. 
Não sei explicar, essas coisas são meio complicadas, temo que se eu começar a explanar como funciona os relacionamentos você relute sair daí e depois precisaremos gastar todo dinheiro da sua faculdade numa cesariana desnecessária. 
Vai ser um pouco estranho, mas hoje em dia é comum os pais morarem em apartamentos separados, por mais idiota que isso possa parecer. 
O lado bom é que você terá dois quartos. 
É, nós adultos somos muito idiotas mesmo, na maioria das vezes a gente não sabe direito o que está fazendo. 
Mas não se preocupe, ainda somos amigos, a gente se dá legal e estaremos sempre por perto. 
Sem brigar, a gente jura. 
Sei que estamos sempre jurando coisas, mas vamos trabalhar duro. 
Por você. Certo? 
Se está bom pra você, dá um chute. Se não, dois. 
E pode apostar, vamos amar você infinitamente mais e melhor do que a gente já se amou um dia. Como assim, quanto é infinito? 
Infinito é infinito. 
É tudo. 
É pra sempre. 
É sem fim. 
É uma coisa que não dá contar nos dedos. 
Nem na calculadora? 
Não, nem na calculadora, filho.”
— Gabito Nunes.

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Dose de Mentira



“— Garçom, que dose de mentira você tem?
— Temos: Eu te amo, nunca vou te deixar, eu quero você comigo, sinto saudades e também temos uma que anda saindo bastante: “Pode confiar em mim”.
— Ah, manda todas que hoje eu quero me iludir.”
— Tati Bernardi 

domingo, 9 de novembro de 2014

Vida

“Minha vida mudou muito nos últimos anos. 
Eu mudei muito nos últimos anos. 
Mudei sem oferecer a menor resistência. Mudei sem me surpreender com as mudanças. 
Elas simplesmente apareceram, aconteceram, me invadiram e se instalaram. 
Então, eu finalmente me senti em casa dentro de mim mesma. 
E hoje, mais do que nunca, sinto que não devo nada para ninguém. 
A gente demora demais para se livrar de pesos e culpas. Mas um dia, finalmente, a gente acorda. 
E descobre que tem uma vida inteirinha pela frente.”
— Clarissa Corrêa. 

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Romeu e Julieta

Sabem porque Romeu e Julieta são ícones do amor, são falados e lembrados, atravessaram os séculos incólumes no tempo, se instalando no mundo de hoje como casal modelo de amor eterno? Porque morreram e não tiveram tempo de passar pelas adversidades que os relacionamentos estão sujeitos pela vida afora. Senão provavelmente Romeu estaria hoje com a Manoela e Julieta com o Ricardão. 
Romeu nunca traiu a Julieta numa balada com uma loira linda motivado pelo impulso do álcool. Julieta nunca ficou 5h seguidas esperando o Romeu… Ligando incessantemente para o celular dele que estava desligado. 
Romeu não disse para Julieta que a amava, que ela era especial e depois sumiu por semanas. Julieta não teve a oportunidade de mostrar para ele o quanto ficava insuportável na TPM. 
Romeu não saía sexta-feira a noite para jogar futebol com os amigos e só voltava as 6 h da manhã bêbado. Julieta não teve filhos, engordou nem ficou histérica com muita coisa para fazer. 
Romeu não disse para Julieta que precisava de um tempo, querendo na verdade curtir a vida e que ainda era muito novo para se envolver definitivamente com alguém. 
Julieta não tinha um ex-namorado em quem ela sempre pensava ficando por horas distante, deixando Romeu com a pulga atrás da orelha. 
Romeu nunca deixou de mandar flores para Julieta no Dia dos Namorados alegando estar sem dinheiro. 
Julieta nunca tomou um porre fenomenal e num momento de descontrole bateu na cara do Romeu no meio de um bar lotado. 
Julieta nunca teve uma crise de ciúme achando que Romeu estava dando mole para uma amiga dela. Romeu não tinha uma ex-mulher que infernizava a vida da Julieta. 
Julieta nunca disse que estava com dor de cabeça e virou para o lado e dormiu.
Romeu nunca chegou para buscar a Julieta com uma camisa xadrez horrível. 
Por essas e por outras que eles morreram se amando…
Autor Desconhecido.

domingo, 2 de novembro de 2014

Obra Prima

Não passamos de doce rascunho,
folhas brancas levadas pelo vento,
pegando forma em cada acontecimento,
evoluindo a cada inocente assunto.

Obra prima do onisciente artista.
Pintando com tinta celestial,
amor atemporal de cores autista,
despontando em tela magistral.

Ingratos e seus senhores...
A completude declama
O Gênesis balança a flama!

Entre o sopro e a lama...
Catarse em sorriso de criança.
A dúvida fura a alma como uma lança!

Rberg F. Reis

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